A internet possui um lado desconhecido para a maioria das pessoas. Trata-se da Deep Web, ou “Internet invisível”, onde está todo o conteúdo não indexado pelos motores de busca padrão. A parte visível da Web seria apenas 30% de toda a Web. A imagem de um iceberg é usada para demonstrar essa proporção. Na Deep Web pode-se navegar no anonimato completo, bastando apenas conhecer os meios de acesso. O espaço torna-se atrativo para criminosos, pedófilos, terroristas, traficantes e assassinos, que ficam uma zona conhecida como Dark Net. Em todo o mundo, as autoridades policiais buscam identificar, monitorar e acabar com os criminosos que se escondem neste lado obscuro e sombrio da Internet. O FBI e a Interpol têm se dedicado à tarefa. No Brasil, a situação não é diferente. A Polícia Federal (PF) lidera as investigações cibernéticas. “A investigação na Deep Web exige conhecimento específico sobre redes de computadores, criptografia, ferramentas e métodos de busca nestes locais”, afirma o coordenador do Grupo de Repressão a Crimes Cibernéticos da PF/RS, delegado Rinaldo de Souza. Segundo ele, a PF investe em treinamento buscando “formar servidores habilitados para realizar a investigação de crimes que tenham a Internet como ambiente”. A operação Dirty Net, deflagrada pela Polícia Federal em 2012 em 11 estados e Distrito Federal, incluindo o Rio Grande do Sul, foi um exemplo do trabalho realizado dentro da Deep Web. “Os criminosos utilizavam uma rede P2P privada para compartilhar arquivos de pornografia infanti”‘, recorda o delegado. Naquela ação foram presas 32 pessoas, sendo cinco gaúchos. Fonte: Jornal Correio do Povo (RS) |