É o povo ajudando o povo. Uma solidariedade que emociona qualquer pessoa. O povo brasileiro e até de outros países estão dando uma lição tremenda de generosidade aos gaúchos por meio de tantas doações, independente de credo, partido político ou time de futebol. Somos todos irmãos de coração. Este sentimento de cooperação coletiva conecta todos pelo amor. Só o amor tem este poder!
É premente uma solução para a crise ambiental do Rio Grande do Sul. Ela vai muito além da crise climática e clama por maior cuidado entre o ser humano e a natureza, especialmente de governantes e especialistas que podem ajudar com suas técnicas e estudos. Devido a essas mudanças climáticas, é essencial se investir em prevenção para evitar novas catástrofes.
Muitas vidas foram ceifadas e, mesmo aos que sobreviveram, estes terão que começar tudo de novo, sem ao menos ter onde morar. Isso tudo culminará na questão social, pois, após o abrigo, o que acontecerá? Aumentará a mendicância ou a violência? Quem poderá culpar quem?
Especialistas apontam que a tendência é o aumento de eventos climáticos extremos. Onde está a previsibilidade? E os alertas concretos? E a real conscientização da população? Inúmeras famílias necessitam de fundos que subsidiem a reconstrução de suas vidas. A agricultura também foi muito afetada e recairá no abastecimento de diversos alimentos para todo Brasil. Desde a última enchente recorde do rio Guaíba que inundou Porto Alegre, em 1943, o sistema que protegia a cidade já tinha dado sinais que não era mais eficaz. Só no ano passado aconteceram três episódios.
Como ficam os cidadãos que pagam seus impostos e do nada ficam sem abastecimento de água e luz? A saúde é outro fator preocupante! A água suja e parada é foco de leptospirose e de dengue, esta que tanto já estava adoecendo a população.
Reconheço a existência do fenômeno natural que pode até justificar o atual cenário climático no Sul do país devido ao sistema de alta pressão atmosférica, mas é necessário fazer um realojamento habitacional para livrar as moradias próximas às regiões ribeirinhas.
São muitas questões a serem debatidas e avaliadas a quem de direito, mas não posso me ausentar neste momento da maior crise vivida pelo Estado!
Entre tantas notícias tristes de pessoas conhecidas ou não no Estado que me acolheu há 20 anos, surge o cavalo apelidado de Caramelo. Ele foi resgatado depois de ficar ilhado em cima de um telhado de uma casa, em Canoas, por quatro dias, tornando-se o novo símbolo de resistência e de socorro a animais do RS. Toda vida importa!
“Sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra…”
Terezinha Tarcitano
Jornalista/Assessora de Imprensa