Seguindo a sugestão da Polícia Civil, o Ministério Público também pediu o arquivamento do inquérito que investigou a queda de um eucalipto no Parque da Redenção, em Porto Alegre, que matou uma pessoa e feriu outras duas. De acordo com o promotor Voltaire de Freitas Michel, não houve negligência e sim uma fatalidade.
A decisão foi tomada com base no laudo técnico do Instituto Geral de Perícias, que apontou duas causas para a queda do eucalipto: o crescimento anômalo da copa da árvore (cresceu torta, porque estava muito perto de outras) e a infecção de fungo na base da árvore.
Dessa forma, segundo o laudo, visualmente era impossível perceber o problema. No inquérito da Polícia ainda havia uma consulta à Faculdade de Agronomia da UFRGS sobre o melhor método de fiscalização das árvores. E, segundo a resposta enviada, a inspeção visual é a melhor forma. Somente em casos de dúvida, exames mais profundos devem ser solicitados.
Mesmo assim, o Ministério Público encaminhou uma cópia do inquérito para a Secretaria Municipal do Meio Ambiente pedindo que a região receba uma inspeção mais detalhada, já que outras árvores estão tortas no local. Se isso não for feito e houver nova queda, os administradores poderão ser responsabilizados criminalmente.
A decisão do promotor será encaminhada para a 2ª Vara Criminal do Foro Central de Porto Alegre. O juiz irá apreciar. Se não concordar, o processo será enviado ao Procurador geral do Ministério Público, que designará outro promotor para avaliar o caso.
A queda do eucalipto de 20 metros matou o juiz do trabalho Lenir Heinen, 64 anos, no dia 31 de agosto. Ficaram feridos Yuri Serafim Guisalberti, de 21 anos, e Diego Duarte Costa Azevedo, de 33 anos.
Fonte: Clic RBS