Funcionários da PGE protestam em frente ao Palácio Piratini por reajuste salarial

Servidores da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) realizaram, na manhã desta segunda-feira, um protesto em frente ao Palácio Piratini, no Centro de Porto Alegre. Assessores jurídicos, contadores e agentes administrativos  reivindicam uma equiparação com outros servidores do Judiciário e reajuste salarial de 26,42%.

De acordo com o Sindicato dos Servidores da PGE (Sindispge/RS), a última reunião da categoria com o Conselho de Diálogo Permanente, órgão governamental que negocia com os servidores públicos, o governo do Estado ofereceu 6% de reajuste. A proposta foi rejeitada. A composição do pedido de aumento tem por base os 19,04% recebidos pelos servidores do Tribunal de Justiça, Ministério Público Estadual, Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas do Estado mais 6,2% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Sem aumento desde 2005, quando a Assembleia Legislativa aprovou um reajuste e a criação de um prêmio de produtividade, incorporado aos vencimentos em 2011, os servidores da PGE querem paridade com os servidores do Ministério Público (MP). “Nossos concursos públicos acontecem juntos com os do MP, mas nossos salários estão 58,9% defasados em relação ao deles. Os procuradores foram reajustados no ano passado e estão pedindo novo reajuste agora. A gente respeita as ordens de reajuste do Estado, mas o Estado não nos respeita”, afirma Ulkowski.”, justificou um dos diretores do sindicato, Cícero Ulkowski Corrêa Filho.

A categoria também quer que o Estado promova um novo concurso público para diminuir a carga de trabalho dos servidores. Hoje, segundo o diretor do sindicato, cada procurador da PGE recebe cerca de 200 processos por dia. “Estamos sobrecarregados de trabalho e os concursos não cobrem a demanda crescente de processos. Em caso de entrarmos em greve, que é uma possibilidade grande, isso tudo acaba acumulando. As pessoas podem perder prazos judiciais e os precatórios ficarão sem análise adequada”, completa. A categoria ameaça realizar uma paralisação por tempo indeterminado.

Fonte: Jornal Correio do Povo (RS)