Faltaram cinco deputados da base governista, composta por 31 parlamentares – Marcelo Moraes, do PTB, que seria o 32º, sempre vota contra o governo. Juliana Brizola (PDT) justificou a ausência alegando que precisava ver o pai, que está doente no Rio de Janeiro. Alexandre Lindenmeyer (PT) foi operado ontem de um problema na perna e também não comparecerá à sessão de hoje. Três deputados da base estavam na Casa e não deram quórum: Cassiá Carpes (PTB), Catarina Paladini (PSB) e Carlos Gomes (PRB). Catarina e Cassiá admitiram ter saído da sessão porque não queriam votar o projeto. Carlos Gomes disse que foi um cochilo: saiu para atender vereadores em seu gabinete e não estava em plenário na hora da verificação de quórum. Acredite quem quiser.
Encerrada a sessão, o líder do governo, Valdeci Oliveira, correu para o Palácio Piratini para conversar com o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, e montar a estratégia para a votação do projeto na sessão desta quarta-feira, que começa às 10h. No início da noite, Pestana garantiu à coluna Página 10, de Zero Hora, que está tudo acertado:
— Pode escrever. Teremos quórum e aprovaremos o projeto do magistério e os outros que estão na pauta.
A pressão do Cpers, que quer os 28,98% em parcela única, está sendo considerada a responsável pelo recuo de Cassiá, Catarina e Carlos Gomes. O governo já avisou aos aliados que não tem dinheiro para conceder esse reajuste em parcela única e advertiu que, se eles não aprovarem o projeto, estarão prejudicando a maioria dos professores, que prefere o aumento em três parcelas a não receber correção alguma neste final de ano.
— Se não estão contentes, que votem em outro partido — disse o deputado Raul Pont (PT), referindo-se aos líderes do Cpers.