Em outubro, a taxa havia sido de 5,2%. O resultado veio abaixo do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pela Agência Estado (de 4,7% a 5,1%), com mediana de 4,9%.
A redução na taxa de desemprego foi causada pela migração de indivíduos para a inatividade, e não pela geração de postos de trabalho, apontou a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE.
“O que a gente vê aqui é a redução da desocupação em função do aumento da inatividade. Então não houve aumento do número de postos de trabalho. O que houve foi aumento das pessoas que passaram para a inatividade”, ressaltou o gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.
Em novembro, houve aumento significativo na população não economicamente ativa. Na comparação com outubro, o aumento foi de 0,8%, o equivalente a 148 mil indivíduos. Em relação a novembro de 2012, a alta foi de 4,5%, mais 801 mil pessoas na inatividade.
Segundo Azeredo, parte dos inativos em novembro pode já ter assegurado uma ocupação para dezembro e por isso deixaram de procurar emprego. “Se uma pessoa foi a uma loja, fez inscrição e conseguiu emprego, mas vai começar em dezembro, ela está na inatividade. Ela não está trabalhando ainda, mas não tomou providência para trabalhar porque já estará empregada em dezembro”, considerou o gerente do IBGE.
A população desocupada totalizou 1,1 milhão de pessoas em novembro, uma queda de 10,9% em relação a outubro, segundo dados das seis regiões metropolitanas investigadas na pesquisa. O resultado equivale a 139 mil pessoas a menos à procura de emprego. Na comparação com novembro do ano passado, houve redução de 77 mil desocupados, queda de 6,4%.
Em novembro, a população ocupada totalizou 23,3 milhões de pessoas, um aumento de apenas 0,1% em relação a outubro, o equivalente a 14 mil novos empregados. Na comparação com novembro de 2012, houve redução de 170 mil vagas, queda de 0,7%. O nível da ocupação (proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa) foi estimado em 54,2%, porcentual igual ao verificado em outubro.
O desemprego recuou em São Paulo, de 5,6% em outubro para 4,7% em novembro. Nas demais regiões, registrou leve variação, sendo considerado estatisticamente estável.
Ainda regionalmente, o rendimento dos trabalhadores avançou em Recife (4,8%), Rio de Janeiro (4,1%), Porto Alegre (1,8%) e São Paulo (1,5%). Em Salvador houve queda (-2,6%) e em Belo Horizonte ficou estável.
Em relação ao rendimento, trabalhadores por conta própria tiveram o maior aumento na comparação de novembro com outubro, de 3,8%. Em relação a novembro de 2012, o maior avanço ocorreu entre os empregados sem carteira no setor privado (7,2%).
O rendimento médio real dos trabalhadores avançou 2% em novembro ante outubro e 3% na comparação com novembro de 2012. O rendimento médio real dos trabalhadores em novembro foi de R$ 1.965,20, contra R$ 1.927,48 em outubro.
A massa de renda real habitual dos ocupados no País somou R$ 46,2 bilhões em novembro, um aumento de 2% em relação a outubro. Na comparação com novembro de 2012, a massa cresceu 2,3%. A massa de renda real efetiva dos ocupados totalizou também R$ 46,2 bilhões em outubro, uma alta de 2,1% em relação a setembro. Na comparação com outubro de 2012, houve aumento de 2,4% na massa de renda efetiva.
Na análise do número de ocupados por atividade, ocorreu queda em Serviços domésticos (12,2%) e Indústria (3,9%) e estabilidade nos demais grupamentos.
Fonte: Daniela Amorim, da Agência Estado