Giusti foi atingido enquanto cobria manifestação em Porto Alegre.
Foto: Ramiro Furquim/Sul21
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SINDJORS) manifesta descontentamento com o episódio ocorrido na tarde de quinta-feira, dia 12, durante um protesto em Porto Alegre. Na ocasião o repórter fotográfico Ricardo Giusti, do jornal Correio do Povo, foi atingido por um artefato explosivo.
O fotógrafo relata que estava acompanhando a movimentação da Fan Fest quando ouviu no rádio a informação de que os manifestantes estariam passando perto do local, e optou por seguir até lá para auxiliar o colega Paulo Nunes na cobertura fotográfica. No momento em que estava posicionado no canteiro central da Avenida Borges de Medeiros, próximo da Aureliano de Figueiredo Pinto, Giusti conta que sentiu algum objeto lhe atingir e, ao identificar o artefato, ele explodiu.
O que se viu na quinta-feira, por meio da imprensa e dos colegas fotógrafos que presenciaram a manifestação, foi uma série de ataques ao patrimônio público e privado, que em nada contribuem para o sentido das reivindicações pela melhoria da qualidade dos serviços públicos. O Sindicato lamenta que o colega tenha sido atingido por um artefato explosivo, ao mesmo tempo em que não compactua com os ataques praticados de maneira não-civilizada por um grupo que diverge do objetivo das manifestações.
Neste sentido, o SINDJORS orienta, com base em treinamento ministrado pela Brigada Militar para profissionais de imprensa, que estes busquem posicionamento nas laterais dos protestos, o que facilita a dispersão e os protege de se tornarem alvos em confrontos, evitando situações de risco à integridade física dos jornalistas.
Na ilustrações é possível observar a orientação para o posicionamento da imprensa em relação aos protestos.
Fonte: Imprensa/SINDJORS