Os trabalhadores do Judiciário Federal, em greve desde 15 de maio no Estado, fizeram assembleia geral na tarde desta terça-feira para avaliar a mobilização. No encontro, que ocorreu nas varas trabalhistas de Porto Alegre, na avenida Praia de Belas, cerca de 300 trabalhadores votaram pela manutenção da paralisação. Também foi definida a realização de um ato unificado com outras categorias na próxima terça-feira, além de nova assembleia no dia 11. O diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Rio Grande do Sul (Sintrajufe-RS), Ruy Almeida,revela que a paralisação ocorre em mais de 40 cidades gaúchas. Segundo ele, a adesão varia entre os trabalhadores das justiças do Trabalho, Federal, Eleitoral e Militar. Na Justiça do Trabalho, mais afetada, em alguns locais a paralisação atinge 70% da categoria. Almeida ressaltou que entre os serviços prejudicados estão atendimento ao público, com restrição no horário de atendimento, por exemplo, além da suspensão de prazos processuais, atrasos no cumprimento de notificações e mandados judiciais. Os trabalhadores estão em campanha salarial unificada com as categorias do Executivo Federal desde janeiro. Eles pedem data-base, negociação coletiva e reposição das perdas. Somente no Judiciário, as perdas salariais, nos últimos anos, atingem 41%, conforme o Sintrajufe-RS. Os servidores são contrários ainda à PEC 59/13, que dá ao Supremo Tribunal Federal (STF) poder de criar o estatuto de todos os trabalhadores dos judiciários Estadual e Federal. Com isso, eles podem ser incluídos em uma carreira única, o que, segundo o Sintrajufe, dá carta branca ao Supremo para a retirada de direitos de ambas as categorias. Uma caravana foi a Brasília tentar convencer os senadores a barrar o projeto. Também há tentativa de negociação com o STF para reposição salarial. A categoria está em greve também nos estados da Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Fonte: Jornal Correio do Povo (RS) |