Os rodoviários de Porto Alegre rejeitaram na manhã desta terça-feira (4) a nova proposta de reajuste salarial de 7,5% feita pelo sindicato patronal no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Em assembleia no ginásio Tesourinha, a categoria chegou a aceitar a proposta de aumento no vale-alimentação de R$ 19,00, mas o impasse ainda é com relação ao salário. O desejo de motoristas e cobradores é que o reajuste seja de 14%. Com a decisão, a greve continuará por tempo indeterminado.
Em coro, os rodoviários fizeram ecoar pelo ginásio a frase “sete e meio não”. Mas segundo o Movimento Independente dos Rodoviários (MIR), o reajuste salarial até pode ser negociável. O que os rodoviários não querem deixar passar, é o pedido da redução da jornada de trabalho para 6h, somando 36 horas semanais.
A reunião de hoje começou com quase duas horas de atraso e desde a chegada dos primeiros rodoviários ao Tesourinha, a recusa do novo reajuste era visível. Após a decisão da categoria, motoristas, cobradores e sindicalistas seguiram em caminhada em direção ao TRT para demonstrar insatisfação com a proposta apresentada.
Em audiência na tarde de ontem, ficou acertado o reajuste de 7,5% no salário; aumento no vale-alimentação, passando de R$ 16,00 para R$ 19,00; e redução no plano de saúde de R$ 40,00 para R$ 10,00.
Nesta terça-feira o número de vans escolares nas ruas era maior do que ontem. Mesmo assim, a demora e a lotação nos veículos, tanto autorizados quanto clandestinos, eram eminentes. O trânsito também ficou bastante carregado durante as primeiras horas da manhã nos principais eixos da Capital. Em virtude da greve, o preço das lotações e vans escolares baixou para R$ 4,00.
Fonte: Jornal do Comércio (RS)