Para atingir os mil pontos, segundo o Guia do Participante, o estudante precisava de 200 pontos em cinco competências selecionadas pelo MEC. A primeira delas consta em “demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita”. De acordo com o manual, erros de grafia, acentuação e pontuação estão entre os erros mais graves.
No mesmo texto em que O Globo constatou “rasoavel”, as palavras “indivíduos”, “saúde”, “geográfica” e “necessário” aparecem sem acento. Ao menos duas frases também não receberam ponto final.
Entre as redações, que tinham como tema a imigração no Brasil no século XXI, um dos candidatos com nota 1.000 escreve: “Essas providências, no entanto, não deve (sic) ser expulsão” e “os movimentos imigratórios para o Brasil no século XXI é (sic)”.
O jornal verificou também problemas de concordância nominal, como na frase “o movimento migratório para o Brasil advém de necessidades básicas de alguns cidadãos, e, portanto, deve ser compreendida (sic)”. Por fim, outro texto mostra o uso incorreto da forma “porque”: “Porém, porque (sic) essa população escolheu o Brasil?”.
Questionado sobre os métodos de correção das redações, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anysio Teixeira (Inep) não comentou as notas “por respeito aos participantes, a vista pedagógica é dada especificamente a quem prestou o exame”.
Fonte: ZERO HORA (RS)