Porto Alegre foi atingida por um fenômeno comparável a um furacão de categoria 1, revelou neste domingo o meteorologista da MetSul, Luiz Fernando Nachtigall. “O vento foi muito forte. Nós tivemos um vento de 120 Km/h registrados no Jardim Botânico. Ao redor dos 87 km/h no Aeroporto Salgado Filho. E no cais do porto, para efeitos de meteorologia, nós tivemos 98 km/h, efetivamente registrados. Essa velocidade de vento é extremamente forte”, relatou Nachtigall.
Segundo Nachtigall, a meteorologia reconhece o furacão, de Classe ou Categoria 1, quando há registro de ventos com velocidade acima dos 117 km/h. “Um furacão tem origem em um ciclone tropical, que, quando atinge outro nível de velocidade do vento, passa a ser tempestade tropical. E, quando supera 117 km/h, passar a ser chamado de furacão classe 1. Como nós tivemos um vento com velocidade superior a este estágio inicial do furacão, com mais a 120 km/h, podemos dizer que tivemos um fenômeno de intensidade semelhante a um furacão”, explicou.
Apesar da comparação, Nachtigall afirmou que o fenômeno ocorrido na Capital foi diferente de um furacão. “O que provocou esse vento forte em Porto Alegre foi um a área de instabilidade com nuvens muito carregadas, que avançou sobre o Estado, e encontrou um ar muito quente, com temperatura próxima dos 40 graus, na Capital e nas regiões Metropolitana e dos Vales, o que intensificou ainda mais a célula de tempestade e gerou rajadas de vento muito fortes”, explicou.
Nachtigall também disse que, analisando os danos produzido pela tempestade, é possível estimar que ventos mais intensos tenham atingido a Capital. “Na meteorologia se costuma analisar os efeitos do fenômeno e, a partir disso, classificar e até definir a intensidade dele. Pelo que se viu, podemos estimar que ventos em torno de 150 km/h tenham passado por alguns pontos de Porto Alegre.
No entanto, o meteorologista acredita que haverá condições de tempo estáveis a partir desta segunda-feira.
Fonte: Jornal Correio do Povo (RS)