Órgãos de saúde alertam que os sobreviventes do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, que matou ao menos 231 pessoas, devem ficar atentos para possíveis doenças respiratórias decorrentes da inalação da fumaça tóxica, como bronqueolite e a chamada pneumonia química.
• Saiba como ajudar as vítimas O ministro da Sáude, Alexandre Padilha, disse que os casos podem ser graves e aumentar o número de hospitalizados. Os sobreviventes da tragédia podem apresentar fortes tosses e falta de ar em até 72 horas. Nesses casos, recomenda-se que as vítimas procurem atendimento médico. Baseado nas informações divulgadas pelo Corpo de Bombeiros, o médico chefe do setor de Pneumologia da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Adalberto Sperb Rubin, explica que a danceteria Kiss tornou-se uma câmara de gás. Segundo ele, corpo humano suporta poucos minutos antes do óbito por insuficiência respiratória. “Devido ao calor das chamas, a espuma de isolamento acústico libera uma fumaça tóxica, os brônquios se fecham e a pessoa para de respirar. A boate virou uma câmara de gás”, disse. Em um local sem ventilação externa, como a Kiss, se o cliente não sair da danceteria rapidamente, inalará a fumaça e os pulmões deixarão de funcionar. “Sem oxigênio, apesar de não ter uma regra, em, no máximo, quatro minutos, a morte é uma consequência quase certa”, relata, ao se referir sobre os prejuízos ao corpo humano causados pela fumaça.
Fonte: Jornal Correio do Povo (RS) |