Nos anos 90, a mamoplastia redutora (plástica para reduzir e modelar, corrigindo, também, a flacidez ou “queda” das mamas) era muito mais solicitada pelas pacientes do que a inclusão de próteses de silicone nos seios. De lá para cá, essa tendência foi se modificando, sendo que, atualmente, o quadro se inverteu totalmente, ou seja, as próteses de silicone superam em muito o número de cirurgias de mamas sem próteses. Isso se explica por uma mudança de conceito estético na mulher brasileira, que passou a desejar seios mais volumosos, semelhantes à tendência norte-americana e europeia.
Além do maior número de cirurgias o tamanho das próteses que, nos anos 90, era, em média de 140cc, hoje, fica em torno de 320cc. É importante esclarecer que, devido a certo “modismo” de mamas com implante de silicone, se difundiu uma ideia equivocada de que, somente assim, se pode obter uma mama firme, sem flacidez e bonita. Na verdade, a prótese é indicada quando se quer aumentar o tamanho das mamas ou quando se quer corrigir uma forma caída e flácida. Contudo, a a mama, muito atrofiada, não possui tecido mamário adequado ou suficiente (é praticamente só pele e um pouco de gordura). Já quando a mama tem boa glândula, pode ser modelada, obtendo-se uma forma muito bonita e duradoura, sem a necessidade de inclusão de silicone (procedimento denominado mastopexia).
Em relação aos glúteos, é possível, associado à lipoaspiração, proceder a colocação (enxerto) da gordura retirada de outras regiões nas nádegas, conferindo-lhe forma e volume . O inconveniente da lipoenxertia glútea é que o volume obtido costuma reduzir em cerca de 60 a 80% após alguns meses. Por essa razão e pela grande evolução das técnicas de gluteoplastia com próteses, é que, cada vez mais, se utiliza essa cirurgia para aumentar os glúteos, de maneira definitiva, obtendo-se belíssimos resultados, tanto em forma como em textura, sem se esquecer da naturalidade.
Dr. Pedro Alexandre
Cirurgião Plástico