Os desembargadores da Primeira Turma do TRF2 (Tribunal Regional Federal) decidiram, por maioria de votos, nesta quarta-feira (26) que a ex-primeira-dama do Rio de Janeiro Adriana Ancelmo deve voltar para a cadeia. Ela será levada para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu.
Adriana é mulher do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB). A decisão atende a um pedido do MPF (Ministério Público Federal).
Adriana Ancelmo é acusada de participar do esquema milionário de corrupção encabeçado pelo marido no Estado. No pedido de prisão, o MPF alega que “ADRIANA e sua organização estão, no momento, ocultando e movimentando valores de forma a impedir sua apreensão, o que demonstra, extreme de dúvidas, a necessidade da custódia cautelar para garantia da ordem pública”.
Os procuradores disseram ainda que a prisão de Adriana Ancelmo “é essencial para se encerrar a prática de lavagem, um crime que, como é de sabença geral, é usualmente cometido com um telefone e um link de internet”.
Os desembargadores Abel Gomes e Paulo Espírito Santo votaram na tarde de hoje a favor do retorno dela à prisão. O desembargador Ivan Athié ainda irá votar, mas a decisão já está tomada por maioria.
Em seu voto, o relator Abel Gomes afirmou que “o Estado deve assegurar o direito das mulheres de terem contato com os filhos e que o bem-estar das crianças deve ser garantido, mesmo estando a mãe em instituição prisional”.
Em 17 de março deste ano, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, decidiu converter a prisão preventiva de Adriana em domiciliar. Bretas entendeu que os filhos do casal — um de 11 e outro de 14 anos — precisavam do pai ou da mãe. Ela estava presa desde 6 de dezembro de 2016.
Fonte: Notícias R7