Na contramão dos mercados de tablets, PCs e impressoras, o de smartphonesencerrou 2014 de forma muito positiva, com recorde de vendas no último trimestre, inclusive.
É o que aponta o estudo IDC Mobile Phone Tracker Q4, realizado pela IDC Brasil, empresa de inteligência de mercado, serviços de consultoria e conferências com as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações.
De acordo com o levantamento, foram vendidos cerca de 54.5 milhões de smartphones no ano, alta de 55% na comparação com 2013, quando 35.2 milhões de aparelhos foram comercializados no país.
“Passamos por um ano muito complicado do ponto de vista econômico e, se levarmos em conta as outras categorias de dispositivos, o mercado de smartphones foi o único que apresentou um resultado positivo. Para se ter ideia, foram comercializados cerca de 104 smartphones por minuto”, afirma Leonardo Munin, analista de pesquisas da IDC Brasil. Para Munin, se não fosse a Copa do Mundo, o Carnaval fora de época, as eleições e a alta do dólar, o desempenho teria sido ainda melhor.
O estudo mostra também que, somando a categoria de feature phones, o mercado de celulares encerrou 2014 em alta de 7%, com um total de 70.3 milhões de aparelhos comercializados. Isso fez com que o país fechasse 2014 na 4ª colocação entre os maiores mercados do mundo, atrás da China, Estados Unidos e Índia.
“O smartphone é cada vez mais popular no Brasil e a tendência é que essa popularização aumente, principalmente pela força de vendas das redes varejistas e pela crescente onda de lojas conceito, voltadas apenas para celulares”, afirma o analista da IDC Brasil.
Segundo Munin, o estudo da IDC mostrou também uma mudança de comportamento do consumidor.
“O brasileiro é muito sensível a preço, mas em smartphones tem avaliado melhor a questão do custo-benefício. E como tem a facilidade de crédito e parcelamento oferecidoa pelo varejo, em vez de comprar um celular de entrada tem optado cada vez mais por um intermediário, contribuindo não só para o aumento das vendas mas também para o aumento do ticket médio”, diz o analista.
Fonte: Exame/Abril