SÃO PAULO – Sem avanço nas negociações entre empresas e trabalhadores, os aeronautas, categoria que reúne pilotos e comissários, decidiram entrar em greve nesta quinta-feira, 13. A decisão foi tomada em assembleia da categoria realizada na segunda-feira, 10. Os aeronautas ainda vão decidir como operacionalizar a greve, se parte da categoria irá trabalhar ou não.
O objetivo da greve é pressionar as companhias aéreas por melhores salários e condições de trabalho. Os aeronautas e aeroviários lutam por aumento real, enquanto as companhias oferecem índices iguais ou abaixo da inflação, conforme a faixa salarial.
Os trabalhadores também lutam para que as empresas comprometam-se em cumprir a regulamentação profissional, querem novos pisos e reclamam da sobrecarga de trabalho, do assédio moral e da fadiga, que amplia os riscos de acidentes aéreos.
Protesto
Em reunião com as empresas aéreas, nesta quarta-feira, 12, não houve avanço nas negociações. Nos aeroportos, além da greve dos aeronautas, haverá protesto de aeroviários em apoio ao movimento, às 16 horas.
Os protestos serão feitos nos aeroportos de Porto Alegre, Congonhas (São Paulo), Santos Dumont (Rio de Janeiro), Afonso Pena (Curitiba) e Recife. Os aposentados e pensionistas do Aerus, antigos trabalhadores da Varig e Transbrasil, também participarão dos protestos, na luta para que a União garanta a integralização de seus benefícios.
Hoje às 13 horas, também serão realizadas assembleias de aeronautas, em São Paulo e Rio de Janeiro. Nelas, será decidida a deflagração da greve.
Fonte: Estadão (SP)