A superação das transições política e econômica no mundo passa pelo investimento em três eixos: avanço do desenvolvimento sustentável, satisfação das aspirações de democracia e de dignidade das pessoas e obtenção de mais poder por mulheres e jovens. A opinião é do secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon.
“Ao longo dos tempos, pessoas disseram que o mundo está em meio a uma grande mudança. Mas o nível e o grau de mudança global que enfrentamos hoje é muito mais profundo do que em qualquer outro período da minha vida adulta. Eu chamo esse período de a grande transição”, declarou Ban Ki-moon em palestra na Universidade Stanford, na Califórnia, Estados Unidos.
Para o secretário-geral, se é verdade que a transição é econômica, com o poder econômico mudando em função da região Ásia-Pacífico, não é menos verdade que também se busca um caminho mais sustentável para as pessoas e para o planeta.
“Acredito que estamos diante de uma oportunidade única. Porque as mudanças que enfrentamos são muito profundas – as decisões que tomarmos terão impacto mais profundo e mais duradouro do que talvez qualquer outro conjunto de decisões das últimas décadas”, avalia. “Nós não temos tempo a perder.”
Sobre o desenvolvimento sustentável, Ban Ki-Monn alerta que, nos próximos 20 anos, o mundo precisará de, no mínimo, 50% a mais de comida, 45% a mais de energia e 30% a mais de água.
“No ritmo atual, em breve vamos precisar de dois planetas Terra. Mas temos apenas um planeta. Não pode haver nenhum plano B, porque não há um planeta B. Tanto a ciência quanto a economia nos dizem que temos de mudar de curso – e logo.”
Enquanto se trabalha para alcançar o desenvolvimento sustentável, também é vital lutar por uma paz sustentável, afirma o secretário-geral, destacando em particular os desafios que a ONU enfrenta com os conflitos em curso na Síria e no Mali.
Fonte Terra