Durante a reunião da CPI dos Crimes Cibernéticos que trata do uso de criptografia no aplicativo WhatsApp e no Facebook, o vice-coordenador Jurídico Geral do WhatsApp, Mark Kahn, assegurou aos integrantes da comissão que o aplicativo de troca de mensagens é seguro. Ele informou que, se a empresa toma conhecimento de atividades criminosas no sistema, os usuários são desabilitados. Kahn destacou, entretanto, a necessidade de usar a criptografia para garantir que as mensagens cheguem apenas aos seus destinatários.
“Sempre houve aqueles que se aproveitam da tecnologia para burlar a lei”, disse. O uso de mensagens criptografadas tem sido apontado por especialistas ouvidos na CPI como forma de proteger atos criminosos, como pornografia infantil.
O executivo também falou do impacto positivo do WhatsApp no Brasil, citando uma escola de Salvador que usa o aplicativo para lançar desafios de matemática aos estudantes e para tirar dúvidas de alunos com dificuldades.
O diretor de Relações Institucionais do Facebook Serviços Online do Brasil, Bruno Magrani, também defendeu o uso da criptografia para proteger a confidencialidade na transmissão de dados e a segurança dos usuários.
“O setor bancário, por exemplo, usa a criptografia para proteger os usuários de ataques e criminosos cibernéticos”, destacou o diretor.
Ele lembrou que qualquer tentativa de fragilizar essa tecnologia pode enfraquecer o nível de segurança da indústria como um todo. O Facebook, segundo Bruno Magrani, também atua para impedir atividades criminosas na sua rede. “Já fizemos denúncias de exploração infantil. Muitas vezes vemos que são entidades transacionais que praticam esses crimes”, explicou.
Magrani também destacou campanhas preventivas da rede social, como a que esclareceu sobre o bullying. “Também divulgamos a necessidade de as pessoas serem cautelosas ao compartilhar dados no Facebook”, disse.
A reunião acontece no plenário 14.
Fonte: Direito do Estado