No contrato social de Rousseau diz: “Vontade geral é um ato de soberania, atende ao povo, por isso é lei”. Esse é o princípio que devia ser obedecido, mas nem sempre é assim. A soberania é indivisível e inalienável”, porém certos governantes se apoderam do governo e perdem a sintonia com a sociedade.
Os indivíduos têm suas vontades particulares, mas também existe a vontade geral. Cada homem é legislador e sujeito, obedecendo a leis que lhe são favoráveis. O tratado social tem por finalidade conservar os contratantes.
O que está acontecendo, hoje, no Brasil é que o Governo, num quadro psicótico, foi reeleito baseado em mentiras e falsas esperanças e a fim de manter seu poder e de seus asseclas nos cargos, após a reeleição, despejou uma série de medidas impopulares onerando os contribuintes e cidadãos brasileiros, levando a um levante ordeiro e disciplinado de um povo que exige mudança de um governo impopular e corrupto.
Temos que saber que a história é contada por quem se finge de perdedor para criticar uma “versão oficial” dos fatos e parecer ter “pensamento crítico”. Esta manobra rende tantos frutos que a “versão oficial” some e ficamos apenas com a crítica ao que já ninguém mais acredita. Os governantes somente tentam ofender e atacar o povo que compareceu à manifestação doa dia 5 de março pelo impeachment de Dilma, chamando-lhes de “coxinhas” (gíria paulista para designar quem é rico) ou dando entrevista à TV para dizer ser golpista quem pede a saída da Presidente que, atualmente, tem o pior índice de aprovação da população.
Temos que deixar claro uma coisa: não houve uma enquete para saber qual a faixa salarial de cada um que foi às ruas ou se ganhava mais ou menos. O povo brasileiro está agindo em busca da moralidade, da liberdade perante um Estado que se agiganta, aumenta impostos e não lhe devolve nada em serviços ou qualidade de vida, na busca do fim das desculpas esfarrapadas, dos discursos manjados que falam em nome do cidadão brasileiro, sem ter percebido o que esse sofre para trabalhar honestamente, pagar seus impostos criar seus filhos e chegar vivo em casa na periferia ou onde quer que seja sem ser morto num assalto.
O povo que foi para as ruas são pessoas que pensam sozinhas e não conforme o discurso do Governo conclamando a militância obediente e uniformizada do PT. E não há nada que o Governo tema mais do que alguém que pense sozinho, que tenha suas próprias responsabilidades.
Por que agora o Governo reaparece com supostas medidas requentadas da campanha que nunca foram cumpridas alegando acreditar em “luta de classes”? Crer, em pleno século XXI, que pobres querem algo diferente do que querem os ricos! Todos queremos ser brasileiros em um país sério onde ladrão não ganha perdão judicial por ser amigo do Governo, onde ministro não se reúne a portas fechadas com corruptos para combinar depoimentos e onde o povo pague pelo justo e receba serviços compatíveis com o imposto cobrado.
As manifestações do dia 15/03/2015 entram para história como as maiores de todos os tempos no país enquanto que o Governo teima em não ouvir a conclamação porque os “aduladores” da Presidente dizem ser somente barulho dos ricos.
O Governo está perdido e não representa mais o povo. NAU À DERIVA.
Dr. João Clair Silveira