A exemplo dos anos anteriores, o 9º Encontro Holístico Brasileiro – Conferência de Saúde, Ciência e Espiritualidade foi aberto com a Chamada para a Espiritualidade com a terapeuta Anna Wertheimer, que fez uma harmonização por meio de terapia quântica Vibracional com os Sinos Atlantes de Cristal, Cura Eletrônica. Em seguida foi cantada uma série de mu sicas, por Izabel l’aryan e Catuípe Júnior, o mantra hindu “Satchita” canto pela paz e, logo depois, a apresentação do ator Arnaldo Sobrinho sobre o significado de “Kokhamahá”.
O coordenador do evento Giovani Cherini saudou ao público e falou sobre o tema “O holismo como fonte de sabedoria”. O Grupo OncoArte, composto por pacientes que já enfrentaram o câncer ou que ainda se encontram em tratamento, levou sua mensagem de superação com a apresentação e encenação da canção “Maria, Maria”, interpretada por Milton Nascimento.
O início do ciclo de palestras foi feito pelo Dr. Francisco Humberto de Freitas Azevedo sobre o tema “Oncothermia – nova esperança no tratamento do câncer”. Graduado em Medicina pela UFU (Universidade Federal de Uberlândia), em 1973, é pós-graduado em Medicina Biomolecular na UniRio, em 1990, e especialista em Nutrologia. No Instituto de Medicina Biológica dedica-se a uma medicina fundamentada em Homeopatia, Oligoterapia, Magnototerapia e Radiofrequência.
De forma simplificada, o Dr Francisco explicou que o tratamento de Oncothermia acelera o metabolismo das células neoplásicas (que perderam suas características fisiológicas normais) coagulando o seu núcleo, sem afetar as células saudáveis. Segundo o especialista, esta é uma terapia não invasiva, totalmente indolor e livre de efeitos colaterais, apresentando resultados satisfatórios até nos casos mais avançados da doença. Este método é muito usado no Japão, China, Oriente Médio e Europa do leste e, em 2012, foi trazido para o Brasil
O médico entende que todos os meios de enfrentamento do câncer se complementam. “Dentre eles, os considerados oficiais no Brasil são a Radioterapia, a Quimioterapia e a cirurgia. Sendo assim, parte-se do princípio que as terapias se ajudam e uma pode ser mais adequada para um tipo de tumor, ou outro. Uma terapia pode não obter resposta positiva, e a outra consegue a redução do tumor e melhora do paciente. Portanto, a associação ou mudança de métodos é desejável na luta contra o câncer”, esclareceu.
É comum, disse, o paciente recorrer aos tratamentos com químio, radioterapia e até cirurgia e, mesmo assim, o problema persistir e espalhar-se em metástases pelo corpo. “Nestes casos, sem conseguir resultados positivos, transfere-se o foco do tratamento para o combate à dor, enquanto se espera o fim. A Oncothermia chega como uma esperança para pacientes que esgotaram as possibilidades com os tratamentos tradicionais”, enfatizou.
Oncothermia, informou, tem sua base na Física. Ela resulta da combinação da radiofrequência + luz ultravioleta + calor. Sua ação é direta nas células tumorais, coagulando seu núcleo e preservando as células sadias. Ela tem um alcance não possível com as outras terapias. Portanto, um câncer resistente às terapias convencionais pode ceder com os protocolos de Oncothermia, “abrindo excelentes possibilidades para os pacientes com doenças neoplásicas”.
Segundo o Dr. Francisco Humberto, os benefícios trazidos pela Oncothermia são reais e muito expressivos e já restauraram a saúde de muitos dos seus pacientes que estavam desenganados. Logo nas primeiras sessões garante que as dores terminam e, em seguida, observa-se a redução, e com muita freqüência, do desaparecimento do tumor e das metástases. “O tratamento com Oncothermia pode ainda gerar a calcificação/necrose, ou seja, não é mais câncer, o que é um excelente resultado”, acentuou, destacando ser esta a melhor alternativa para os casos inoperáveis e para aqueles em que a químio e a radio não conseguiram resultados satisfatórios.
Informações sobre ONCOTHERMIA no site www.institutomedicinabiologica.com.br
Na sequência, foi entregue o “Prêmio Kokhamahá”, em sua quarta edição, às entidades, instituições, veículos e pessoas que se destacam na aplicação de terapias alternativas no campo da saúde e do meio ambiente. A primeira homenagem foi para o Grupo OncoArte, cujo principal objetivo é passar uma mensagem de confiança, coragem e enfrentamento aos pacientes portadores da doença. Criado em 2006 por um grupo formado por pacientes que passaram ou passam por um diagnóstico e tratamento de câncer, promove, desde então, apresentações em vários locais do país.
O segundo prêmio foi destinado para a ABRATECOM (Associação Brasileira de Terapia Comunitária), que tem como foco congregar terapeutas comunitários, pessoas e instituições interessadas na área. Ao longo de 10 anos, a ABRATECOM reconheceu e credenciou Polos Formadores e de Cuidado, localizados nas cinco regiões brasileiras. Estima-se que cerca de 30 mil terapeutas comunitários já foram capacitados pelos formadores, incluindo mais de três mil trabalhadores da saúde e lideranças comunitárias, capacitados por meio de parcerias governamentais.
A terceira homenagem foi entregue para a AGATA (Associação Gaúcha de Atividade e Terapia Assistidas por Animais). Fundada em 2011, tem como propósito a criação de parcerias com instituições sem fins lucrativos que prestam assistência à saúde de crianças, adultos e/ou idosos, doentes com déficits físicos e/ou mentais, proporcionando benefícios já comprovados em pesquisas e, consequentemente, promovendo maior afetividade nos vínculos sociais, melhora na qualidade de vida e na autoestima do assistido.
O quarto premiado foi o Hospital de Medicina Alternativa de Goiás, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás especializada em Práticas Integrativas e Complementares, com foco especial, desde a sua origem, na milenar medicina Ayurvédica, além da Fitoterapia, Homeopatia e Acupuntura. Fundado em 1986 pelos Vaidyas indianos, o HMA atende pelo SUS a população goiana com medicamentos produzidos em seu horto de plantas medicinais e em seu laboratório botânico.
A outra homenagem seguiu para o Conselho Nacional de Autorregulamentação da Terapia Floral (CONAFLOR), que busca promover a autorregulamentação da Terapia Floral no Brasil e a ética profissional, ao mesmo tempo em que estimula e promove a regulamentação por meio do incentivo e apoio a Programas e Projetos de Lei que visem à inserção das Práticas Integrativas na saúde e na educação, a nível municipal, estadual e federal. É membro atuante do Conselho Consultivo da Frente Parlamentar das Práticas Integrativas na Saúde.
O Portal Busca Natural também foi homenageado por integrar a iniciativa inovadora de unir as áreas da saúde, alimentação e ecologia por meio de um portal e rede social. Trata-se de um projeto que reúne, integra e divulga profissionais, clínicas e cursos de todas as terapias naturais (as práticas integrativas em saúde); produtores e fornecedores de alimentação natural. Também apoia e articula práticas ecológicas e de preservação ambiental. Todos os profissionais e empresas cadastradas no site têm o espaço a sua disposição. Com isso, o Busca Natural se propõe a ser uma oportunidade para o fomento, fonte de renda contínua para o mercado de produtos naturais e das práticas naturais integrativas de saúde.
O último contemplado da noite foi o Dr Marcio Bontempo, presidente da Federação Brasileira de Medicina Tradicional. Diretor e Docente da ESCAM (Escola Superior de Ciências Naturais e Ambientais). Ele é diretor científico da Associação Brasileira de Acupuntura; membro da Associação Brasileira de Nutrologia; vice-presidente do Instituto Brasileiro de Crenoterapia e Termalismo Médico; diretor do Núcleo de Saúde da União Planetária-DF; diretor da ONG TerraBrazil, e coordenador-técnico da Frente Parlamentar em Defesa das Práticas Integrativas de Saúde. É autor de 67 obras.
Terezinha Tarcitano
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