O índice de infestação do mosquito Aedes aegypt, transmissor da dengue, atingiu 5,8% em abril em Porto Alegre – o maior registrado na Capital em dez anos. O dado faz parte do Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa) divulgado nesta quinta-feira pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A apuração foi realizada de 8 a 16 de abril, a partir de amostras coletadas nos 82 bairros da Capital. O Índice de Infestação Predial (IIP) médio subiu de 4,6% em janeiro para 5,8% em abril. Para a SMS, o valor é considerado “preocupante”. Os resultados indicam um incremento na densidade de larvas de mosquitos identificadas. A presença do Aedes aegypti foi constatada em 77 dos 82 bairros – sendo que em apenas cinco não foram identificadas larvas do mosquito. A amostragem do LIRAa atingiu 12.640 imóveis na cidade. A presença do vetor da dengue foi identificada em 1.112 recipientes encontrados em 727 imóveis. Bairros da zona Leste, Norte e Sul são os mais afetados A SMS registrou também IIPs elevados em diversas áreas da cidade, sendo que o maior, de 14,2%, foi encontrado em bairros da zona Sul, que no levantamento anterior não apresentavam esses níveis de infestação. Bairros como Vila Nova, Vila Assunção, Tristeza, Vila Conceição, Pedra Redonda, Ipanema Nonoai e Teresópolis tiveram aumento na taxa. Na zona Norte da Capital, o índice de infestação de dengue em bairros como São Sebastião, Vila Ipiranga, Cristo Redentor, Jardim Lindóia e parte de Sarandi e Passo das Pedras também teve elevação. Já na zona Leste, principalmente nas proximidades do Partenon, que já registrada o maior número de casos da doença, houve aumento da mesma forma. Além dele, bairros como Lomba do Pinheiro, Santo Antônio, Vila João Pessoa, Três Figueiras, Chácara das Pedras, Bom Jesus e Jardim do Salso foram atingidos. Índice acima de 3,9% é considerado de alto risco De acordo com as Diretrizes Nacionais para Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue (2009), os parâmetros para classificação quanto à infestação pelo Aedes aegypti, são: menor que 1%, satisfatório; entre 1 e 3,9%, alerta; e acima de 3,9%, alto risco. O LIRAa é a metodologia recomendada pelo Ministério da Saúde para a determinação do IIP do mosquito vetor da dengue. Por meio da amostragem de imóveis do município, pode-se realizar um rápido diagnóstico da situação de presença do mosquito vetor na cidade. Em Porto Alegre, a metodologia tem sido empregada desde 2003. Fonte: Jornal Correio do Povo-RS |