Funcionários paralisam a partir de 3 de junho; eles cobram aumento de 26% para repor as perdas inflacionárias
Pela primeira vez na história da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), os servidores entrarão em greve. Após se reunirem em ato público em frente ao Palácio Piratini, na manhã de ontem, servidores de várias regiões do Estado, em sua ampla maioria, votaram pela deflagração da greve. De acordo com a presidente do Sindicato da Procuradoria-Geral do Rio Grande do Sul (Sindispge), Sabrina Oliveira Fernandes, foram 381 votos favoráveis à paralisação e apenas seis contrários.
A paralisação das atividades terá início na próxima segunda-feira, após cumprido o prazo legal de 72 horas para a comunicação da decisão. “Desde o ano passado estamos em busca de melhorias para os servidores, mas ainda não chegamos a um acordo com o governo do Estado”, afirma Sabrina. Conforme a presidente do sindicato, o último passo da negociação antes da assembleia desta segunda-feira foram as contrapropostas feitas pelo governo na sexta-feira: uma com a possibilidade de 10% de aumento, pago em duas vezes, e outra de 15%, com oferta de reestruturação do plano de carreira, ambas rejeitadas pelos servidores.
Fonte: Jornal do Comércio
“O sindicato está sempre aberto à negociação, esperamos uma contraproposta do governo favorável às nossas exigências. O mínimo que queremos é receber o mesmo benefício que outras categorias receberam, tendo como base a inflação, ou seja, os 26% que estamos pedindo. Não é uma luta por aumento salarial, queremos recuperar nosso poder de compra”, ressalta Sabrina.
Como não há estimativa do tempo em que a greve será mantida, a partir do dia 3 de junho os procuradores passarão a ter em suas mãos a reponsabilidade por executar serviços auxiliares, até o momento feitos pelos servidores que entrarão em greve. Atividades estas que, conforme Sabrina, geram ao governo uma economia de aproximadamente R$ 3 milhões ao dia, oriunda da defesa judicial do Estado. Na prática, o serviço não deixará de ser executado, mas será atrasado devido à greve dos auxiliares.