A parotidite infecciosa conhecida como papeira ou caxumba é uma infecção causada pelo paramixovírus gênero rubulavirus, sendo altamente contagiosa e parente da rubéola e do sarampo. O vírus normalmente se instala nas glândulas salivares, sobretudo na parótida (logo abaixo das orelhas) e também nas glândulas submandibulares e sublinguais, todas próximas dos ouvidos.
Está na lista das doenças comuns da infância, pois acomete, na maioria das vezes, crianças e adolescentes em idade escolar, dos 5 aos 16 anos. Se a criança é mais forte e cresce em ambiente saudável, pode nunca apresentar o problema mesmo não recebendo a vacina tríplice viral (caxumba, sarampo e rubéola) e, no caso de ela ser mais frágil, poderá desenvolver a doença com mais intensidade, mesmo sendo vacinada.
Em cerca de 25% dos homens infectados que já passaram pela puberdade, o vírus se aloja nos testículos podendo causar desde alguma leve dor, dificuldades reprodutivas, podendo chegar até a total esterilidade e as mulheres também podem ter seus ovários infectados.
O contágio acontece por meio de gotículas de saliva, quase sempre por contato direto com um infectado (beijo, tosse, espirro ou respiração em locais fechados). Os vírus podem perdurar por algumas horas fora do organismo e serem transmitidos após o contato, caso a pessoa se encoste no vírus e depois leve a mão à boca ou ao nariz. O vírus pode ser transmitido por até dois meses após o desaparecimento dos sintomas de quem estava contaminado.
Se a pessoa tem uma vida mais saudável, mesmo em contato com o vírus, não se contaminará. Sono regular; alimentação saudável incluindo frutas, verduras, ingestão de líquidos no intervalo das refeições; equilíbrio mental e emocional; e evitar ficar muito tempo sentado são fatores preponderantes que favorecem a não entrar em ressonância com nenhum tipo de doença.
Como em qualquer outra doença infecciosa, os sintomas podem se manifestar com maior ou menor intensidade, dependendo da constituição de cada indivíduo. Pode haver inchaço aparente e dor nas glândulas salivares, além de grande dificuldade para mastigar e engolir. No início, pode ocorrer que apenas um lado das glândulas seja afetado e, passados alguns dias, o outro lado também acaba inflamado. O sintoma doloroso atinge o pico por volta do terceiro dia de infecção, diminuindo progressivamente depois disso.
Principais sintomas: inchaço doloroso das parótidas; febre e calafrios; cefaleia; dores ao engolir; perda de apetite, náuseas ou vômitos; dores nos testículos com ou sem inchação e endurecimento ou nos ovários; dores musculares; fraqueza; e mal-estar.
A caxumba não tem tratamento específico; é uma doença autoresolutiva, ou seja, o próprio organismo se cura. Por isso sua importância de não ser suprimida na infância, pois prepara o sistema imunológico da criança para aguentar na sua vida futura outros tipos de viroses e doenças.
Dependendo da constituição, a caxumba em adultos ou adolescentes (e muito raramente em crianças) pode afetar o sistema nervoso central, causando meningoencefalite, meningite asséptica, infecção dos ou dos neurônios, pancreatite, infecção da tireoide, atrofiados testículos, problemas ovarianos, cardíacos e infecção renal.
Pela medicina alopática o tratamento é basicamente sintomático, mas a aspirina não deve ser usada, pois a sua utilização em doenças virais tem sido associada à insuficiência hepática. Após diagnosticada a doença, além do tratamento convencional existem outras formas de tratamento que podem ser alternadas como:
colocar bolsas de água quente nas áreas edemaciadas com o objetivo de amenizar a dor;
fazer dieta com alimentos macios ou batidos em liquidificador, caldos etc;
tomar muita água e sucos naturais, principalmente de limão sem açúcar; fazer repouso durante a fase aguda; e evitar aglomerações de pessoas após dois meses depois dos sintomas desaparecerem.
Recomendo o uso da Homeopatia. As principais homeopatias para os casos comuns são: Sambucus nigra CH5 – 3 gotas em um gole de água, 5 vezes ao dia por 25 dias. Parotidinum CH5 – 3 gotas em um gole de água, 5 vezes ao dia por 25 dias.
Tomar uma após a outra em copos separados e etiquetados
Em caso de Orquitre aguda ou Epididimite ou Inflamação do testículo:
Mercurius solubilis CH5 – 3 gotas em um gole de água, 5 vezes ao dia por 25 dias.
Testículo CH5 – 3 gotas em um gole de água, 5 vezes ao dia por 25 dias.
Professora Eliete M M Fagundes